domingo, 30 de agosto de 2009

Never Give In! - The challenging words of Winston Churchill with an introductory essay by Dwight D. Eisenhower


Uma compilaçãozinha de discursos do velhinho. Várias fotografias com efeito de desenhos. Das citações, a que eu mais gostei e não conhecia foi uma sobre o propósito de destruir Hitler.

"I have only one purpose, the destruction of Hitler, and my life is much simplified thereby. If Hitler invaded Hell I would make at least a favorable reference to the Devil in the House of Commons". House of Commons, Junho, 1941.

Mas a conclamação que está no título, de nunca admitir a derrota, no fundo é apresentada com algumas condicionantes. Seria simplesmente burro e disparatado que não fosse assim. Duas espécies de convicção podem fazer a pessoa se entregar, a convicção da honra e a minha predileta, a convicção do bom senso.

Com todo esse assunto bélico, até que seria bastante conveniente se eu pudesse contar, jactante, que a minha guerra pessoal pelo abastecimento mundial de petróleo já chegou a um bom termo. Que os Stray Dogs finalmente tomaram Moscou e que Frontlines: Fuel of War foi por mim zerado. Infelizmente, no entanto, eu ainda não posso dizer que a vitória é minha. E talvez a chance que tinha de zerar o jogo se foi com os últimos flancos que eu pretendia ocupar.

O motivo? Um ataque aéreo de helicópteros indestrutíveis? Eu ter sido encurralado, sem munição, por um tanque de guerra urbano? Não, foi bem pior. O que me derrotou foi uma tardia emanação do RED RING OF DEATH! It was a red riiing of deaath!



I was praying to God it was a faulty disc.

sábado, 15 de agosto de 2009

Tricky drink

Sábado à noite. Sozinho no seu quarto um jovem tem nas suas mãos um drink para obnubilar a tristeza que o abate. Se rios fossem de beber, ele seria um pato mergulhador. Ele sorve a última gota, insatisfeito. Seus olhos distraídos e medrosos giram pelos cantos em busca de respostas. Passam pela janela, pelo teto, pelos objetos espalhados no chão. Por providência eles param no drink, naquele último refúgio conhecido. Demoram-se um pouco ali, recatados e imóveis. Não tem como saber quanto tempo se passa assim. Saindo do estupor paralisante, no entanto, aos poucos uma súbita sensação de atividade cerebral vai tomando conta dele, como se finalmente ele tivesse reatado com o mundo uma relação de interferência recíproca, mínima que fosse. Encabula-se, por fim. Atrás da caixinha de Toddynho que ele estava tomando, cáustico como a própria bebida, depara-se com isto: “DESEMBARALHE AS LETRAS e descubra quem é que mais precisa que você jogue lixo no lixo”. Ele processa. Aquilo era uma pergunta? Por Deus, o que ele faria com mais uma pergunta? O que mais uma pergunta adiantaria a ele? Não, aquilo não era exatamente uma pergunta. Era uma afirmação indagativa. Uma funesta afirmação indagativa. Alguém precisa, parece, que se jogue lixo no lixo, alguém que pode ser descoberto pelos consumidores de Toddynho. Ele processa. Desviando-se, pensa como é que alguém pode dizer que alguma coisa é lixo antes que essa coisa de fato esteja no lixo. E pensa para quê alguém precisa chamar de lixo alguma coisa que já esteja no lixo. Ele processa que aquelas eram outras perguntas e que para o momento o que ele precisava era de respostas. Disposto a desvendar aquele mistério apresentado pela indústria de laticínios ele então tenta desembaralhar as letras e identificar aquele que mais precisa que se jogue lixo no lixo. O que se mostra tricky. As letras embaralhadas não estão exatamente dispersas pela embalagem, mas, ao fundo, a imagem de um globo terrestre e de uma caixinha de toddynho, viva, atirando uma bolinha de papel numa cesta azul, confundem. “aetnpla raTer”. Alguém precisa que se jogue lixo no lixo e para saber quem você precisa desembaralhar as letras “aetnpla raTer”. Tricky.

sábado, 1 de agosto de 2009

O que é e o que deveria ser


Eu morri. Inúmeras vezes. Quando o infortúnio dos meus passamentos aconteceu em Frontlines: Fuel of War até que a coisa não teve uma repercussão assim tão drástica. Nesse jogo você comanda uma equipe de 12 soldados e todos eles têm basicamente as mesmas características. As armas e a munição, na verdade, às vezes variam de um para o outro, mas nada na sua estratégia e na sua forma de jogar se altera só por você estar com um atirador a menos. Em Commandos 2: Men of Courage a situação já é outra. Cada soldado tem uma característica bastante peculiar e a sua equipe tendo normalmente só três ou quatro membros em cada fase, a cada vez que um morre o prejuízo para você não é pequeno. Outros aspectos fazem a diferença entre os dois jogos ser ainda maior. FFoW é de Xbox 360. Commandos, sei lá, do Windows 98. Num, em geral, você vai atirando sem parar e o controle na sua mão treme fortemente. Noutro, os momentos mais dramáticos costumam se limitar a você clicando com o botão direito do mouse para escolher uma ação.

Imagens para ilustrar o que eu estou dizendo.

FFF: eu, salvando o abastecimento mundial de petróleo enquanto me chamam para comer a pizza antes que ela esfrie.


Commandos: eu, resgatando o mundo do nazismo enquanto me avisam que eu vou ter que colocar a pizza no micro-ondas.

Um pensamento me ocorre agora sobre a vacuidade da vida em contraste com o simbolismo infinito dos jogos. O pensamento é simples e pode ser apresentado assim: jogos têm chefões; a vida, não. Quando se enfrenta um chefão num jogo se sabe perfeitamente bem que aquilo ali é definitivamente um estágio avançado na sua trajetória, um ponto que só de chegar nele você tem alguma coisa da qual se orgulhar e, em passando por ele, alguma coisa pela qual esperar. Toda a sensaboria da vida está em não saber se você está progredindo ou não, se uma determinada fase já ficou para trás ou se o momento que você está vivendo é apenas mais um lado irrelevante das suas mesmas circunstâncias. A música mudando na hora que o chefão aparece; de uma hora para a outra uma saída se bloqueando atrás de você; você vendo progressivamente qual é o ponto fraco do chefão e aos pouquinhos tirando todo o life dele (por canhestra que possa ser essa expressão, tirar todO O life de um chefão, como bem se sabe, é o jeito certo de explicar o fenômeno); tudo que diz respeito a encontrar um chefão e derrotá-lo, numa palavra, é o que falta na vida.
 
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