sábado, 6 de dezembro de 2008
Manhattan Murder Mystery - Woody Allen
Histórias de detetive só funcionam num extremo: quando o detetive é mais importante do que o crime. Se você colocar verossimilhança demais nos detalhes do assassinato, ou se você colocar esquizofrenia de menos na personalidade do detetive, o resultado será, na melhor das hipóteses, um episódio de Law and Order.
E ajuda bastante quando o investigador se nega terminantemente a se envolver na história. Por exemplo, proibindo que sua esposa invada o apartamento do vizinho, comandando que ela durma. Acho que essa foi a melhor cena do filme. Ou então quando ele diz que não está entrando em pânico e que apenas vai começar a rezar o rosário. Ou então quando ele diz que existe um risco de colidir com um ônibus escolar de madrugada: "what about night school?" Ou então quando ele diz que, ou ele está com medo de ser assassinado pelo assassino contra o qual se está intrigando, ou ele acabou de desenvolver Parkinson.
Só fiquei um pouco melancólico ao mais uma vez me lembrar de um grande sonho que eu sempre tive e que até hoje nunca se realizou. Um sonho bem infantil: estar numa sala de espelhos. Não sei se eles ainda têm salas assim.
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