Imagens para ilustrar o que eu estou dizendo.
FFF: eu, salvando o abastecimento mundial de petróleo enquanto me chamam para comer a pizza antes que ela esfrie.
Commandos: eu, resgatando o mundo do nazismo enquanto me avisam que eu vou ter que colocar a pizza no micro-ondas.
Um pensamento me ocorre agora sobre a vacuidade da vida em contraste com o simbolismo infinito dos jogos. O pensamento é simples e pode ser apresentado assim: jogos têm chefões; a vida, não. Quando se enfrenta um chefão num jogo se sabe perfeitamente bem que aquilo ali é definitivamente um estágio avançado na sua trajetória, um ponto que só de chegar nele você tem alguma coisa da qual se orgulhar e, em passando por ele, alguma coisa pela qual esperar. Toda a sensaboria da vida está em não saber se você está progredindo ou não, se uma determinada fase já ficou para trás ou se o momento que você está vivendo é apenas mais um lado irrelevante das suas mesmas circunstâncias. A música mudando na hora que o chefão aparece; de uma hora para a outra uma saída se bloqueando atrás de você; você vendo progressivamente qual é o ponto fraco do chefão e aos pouquinhos tirando todo o life dele (por canhestra que possa ser essa expressão, tirar todO O life de um chefão, como bem se sabe, é o jeito certo de explicar o fenômeno); tudo que diz respeito a encontrar um chefão e derrotá-lo, numa palavra, é o que falta na vida.
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