
Mas tirando algumas coincidências de biografia, digamos assim, que eu costumo mencionar numa conversa ou outra, e algumas passagens do estilo, que poucas pessoas ordinariamente criticam, eu não saberia dizer o que é no Brás Cubas que me dá essa tranquilidade toda. Eu gostaria muito de poder dizer que o Brasinho representa uma mínima parcela a que nenhum brasileiro, por mais desprendido que seja do Brasil, conseguiria renunciar da sua própria personalidade. Isso, no entanto, seria falso; e, o que é pior, generoso demais com os brasileiros. Talvez ele não represente a mínima parcela da personalidade a que nenhum brasileiro conseguirá renunciar, por mais desprendido que seja do Brasil, mas a máxima representação dos brasileiros mais desprendidos. Um brasileiro autenticamente desprendido, em todo caso, poderia querer não perder tempo com ele e nem como ele.
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