Mostrando o Rio de Janeiro como uma cidade chata, uma cidade que só tem a vantagem de ser perto de Petrópolis. E isso unicamente porque a estrada de Petrópolis tem curvas que podem servir a uma organização germanófila como meio de eliminação não tão acidental de inimigos.
Não sou eu, em todo caso, que estou dizendo que a cidade foi retratada assim. Basta ver o filme. Que ao contrário de praticamente todos os filmes estrangeiros que sequer mencionam o nome da cidade, furta-se a mostrar pessoas desfilando entorpecidas pelas ruas ou coisas do gênero. No ápice do seu entusiasmo Cary Grant só conseguiu dizer que it's not a bad town, you know, whatever. Devo dizer que o "you know, whatever" eu acrescentei para efeito de efeito, mas o resto foi dito de verdade, e com tanto esplim que se Cary Grant vivesse nos nossos dias ele teria ele mesmo completado a frase.
Agora, já que é para falar de coisas que só têm uma única qualidade incidental, como é o Rio de Janeiro em relação à sua proximidade com a mortífera estrada de Petrópolis, sou obrigado a dizer que a única qualidade incidental deste filme é o escárnio contido que ele faz da cidade. O mais é algo de bastante sonolento. O vilão com quem a mocinha se casa não por amor é um covardão que corre para o colinho da mãe ao primeiro sinal de problema. Mãe essa que se arrepende das suas malfeitorias logo na primeira oportunidade de arrependimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário