domingo, 3 de junho de 2012

House - Finale

Nas páginas de Guia para House, leio o seguinte:

"A referência a Sociedade dos Poetas Mortos justamente para demonstrar uma suposta indiferença de House para com a iminente morte do personagem interpretado por Robert Sean Leonard, tem sido evocada como um exemplo de intertextualidade. O equívoco dessa assertiva, que se popularizou com  Hitchens, é de natureza dupla. A uma, embora seja verdade que a menção àquele filme tenha sido feita de forma sarcástica - sarcasmo aliás justificado ao se considerar que o episódio foi ao ar em 2012 e que desde os anos 90 do século XX o filme vinha sendo recomendado por professores ginasianos - , é certo que..."

Não preciso nem continuar. O autor prosseguirá sustentando que não existe um sentido artístico na elaboração do diálogo e que tudo não passou de uma diatribe dos roteiristas. O mesmo tipo de explicação, casual, ele oferecerá para a menção à personagem de Lisa Edelstein, que no último episódio é citada em tom de lamentação por House como sendo a mulher que deveria fazer parte da sua vida mas que acabou indo embora, e de quem se sabe ter saído da série na última temporada apenas por questões salariais. É assim, também, que ele verá a aparição de Kal Penn. Com certo descaso, quero dizer. Uma alucinação febril de House no momento em que encara a morte, cujo próprio suicídio foi amplamente explorado no enredo, inobstante sua saída da série ter sido provocada pelo trivial convite do ator para integrar os quadros burocráticos da administração do Presidente Obama.





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