domingo, 12 de julho de 2009

The Curious Case of Benjamin Button - David Fincher



Brad Pitt devia estar maluco se ele pensou que ele iria ganhar um Oscar pelo que ele fez neste filme. E eu não estou falando isso por que o Oscar seja uma premiação seriona que só profissionais fabulosos possam ganhar -- não foi o Sean Penn que ganhou mais uma vez no ano passado como melhor ator? Então. O meu ponto é que como Benjamin Button o Pitt não fez nada demais. O máximo que ele fez foi seguir o roteiro exatamente como foi mandado, tudo para se tornar uma visão perturbadora. E o sucesso que ele teve nisso, é claro, foi graças unicamente aos efeitos especiais. E até onde eu saiba, embora seguir o roteiro e se tornar uma visão perturbadora sejam algumas das coisas necessárias para se ganhar o Oscar - Tom Hanks não me deixa mentir -, para ser escolhido como vencedor o profissional precisa fazer alguma coisa a mais.

E agora eu digo o que não é para ser bombástico, porque minha índole a isso não permite, mas que é para ser escutado pelas pessoas que se apressaram em elogiar a história: este filme não tem um drama que se possa dizer verdadeiramente dramático. Correndo o risco de acabar como aquela articulista que uma vez disse que The Passion of The Christ tinha uma carga dramática de quinta, observo que, anomalias genéticas por anomalias genéticas, Benjamin Button está longe de ser um Elephant Man. Ou Mask. Em matéria de sofrimentos de guerra não tem nem graça querer exaltar o Benjamin, o que portanto eu deixo de fazer. Muito menos no tópico das mortes violentas e abruptas. Ele tampouco viu todas as pessoas por quem ele tinha afeto morrerem, como o Highlander. E devo lembrar que o sujeito conheceu a Cate Blanchett? Vamos dar uma olhada na indigitada senhorita:


I rest my case.

Mas tem também o fato de que ele foi um herdeiro.

Nenhum comentário:

 
Free counter and web stats