domingo, 19 de julho de 2009

Modest Mouse

Faz pouco mais de um ano que eu comecei a escutar essa banda mais sistematicamente. Não me lembro exatamente da ocasião, mas me lembro muito bem das minhas circunstâncias à época. Cruzava a cidade, de um lado para o outro, ao mesmo tempo pensando em coisas que iriam acontecer no final de semana e em coisas marcadas para mais de 40 anos depois. Eu ouvia música basicamente só pelo mp3 player, um mp3 player rudimentar que me deram uma vez. Uma coisa que era boa, no entanto, era que algum comando que eu tinha ativado e que eu nunca tive muita paciência para mudar, esse comando fazia as músicas serem tocadas sempre na mesma sequência. Eu me divertia bastante quando uma música ia chegando ao final e eu, por algum mecanismo cerebral insabido, de uma hora para a outra me lembrava qual música iria tocar em seguida. Era a ordem no meu universo, o controle e a segurança que todos nós buscamos. Eu ainda acho que pressentir a próxima música é um evento muito especial.

Spitting Venom, por falar em finais memoráveis, é uma das minhas músicas prediletas. Ao vivo chega a ser uma música completamente diferente da versão de estúdio, é claro -- é muito boa, mesmo assim.



Baby Blue Sedan, pelas minhas razões e numa montagem realmente excelente.



Não é por nada que Modest Mouse está na primeira colocação na minha lista do Last.fm. E não é por nada que a banda é uma das mais escutadas.



O final desta música - The World at Large, a partir de 4:22 - me faz pensar naquelas cenas em que os personagens do David Lynch estão despertando de um sonho escabroso, ainda sem saber que eles já acordaram e ainda sem saber o quão escabroso foi o sonho que eles acabaram de ter. Essa montagem é também do povo da internet.



Terminando, Other People's Lives.

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