terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Gigantic - Matt Aselton

Eu li sobre este filme na época do lançamento. Quer dizer, um pouco depois do lançamento nos EUA. Imagino que tenha sido lançado no Brasil também e que já tenha feito todo o sucesso que ele merece. A crítica que eu tinha lido trazia uma referência à música do Pixies que também se chama Gigantic -- música que quem estiver querendo baixar o filme vai acabar encontrando e baixando por engano em algum site de torrents, se a minha história se repetir.

O título da reportagem era A big big love, uma parte do refrão da música. O tema central do filme, um guri querendo adotar uma criança chinesa, se aproxima tanto do que se poderia chamar de um amor gigantesco que eu de fato fiquei surpreso com a música não estar na trilha sonora. A menos que eu tenha ficado muito distraído olhando para a Zooey Deschanel, em todo caso, a música não aparece na história. Ah, procurei um pouquinho no Google e encontrei a reportagem que eu tinha visto. Passando os olhos, agora, noto que é uma entrevista com o diretor/roteirista.

A pequena passagem engraçadinha desse filme é realmente uma pequena passagem engraçadinha. Ela acontece duas vezes com um dos caras que trabalham na loja de cama onde o Paul Dano é vendedor. Desconfortável com a sua própria presença no mundo, sem saber o que falar ou como agir, querendo manter no mais baixo nível que há toda a sua interação com as outras pessoas e, enfim, um pouco retardadamente, quando ele se dirige a alguém ele pergunta e automaticamente responde "What's up, dude? Not much." Nenhuma espera por qualquer reação dos outros, nenhum intervalo ou pausa reflexiva. A pergunta é feita e logo a resposta é emendada. Mas não é como se ele estivesse querendo ignorar qualquer coisa que a pessoa pudesse retorquir. É só o caso de um oferecimento voluntário de uma explicação que, aliás, bastaria olhar para a cara dele para alguém perceber. Fica também a teoria de que ele já tivesse se acostumado tanto a responder que nada demais estava acontecendo com ele que ele passou a presumir a mesma coisa acontecendo com os outros.

John Goodman está neste filme e a oportunidade de se apresentar um personagem grosseirão, mas de espírito perfeitamente cômico, não é perdida. Ele é o pai da Zooey e é o cara responsável por fazer o casal se conhecer, indo à loja de camas e reservando uma exuberante peça sueca que mais tarde a filha iria passar na loja para conhecer e se decidir a respeito.

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