domingo, 17 de maio de 2009

Everything is Illuminated - Liev Schreiber

Beleza de filme

A história é a de um colecionador de pequenos artefatos familiares que viaja para a Ucrânia. Não sem antes coletar a dentadura da sua avó moribunda, ele vai nessa viagem para encontrar a mulher que ajudou o seu avô a escapar dos atentados genocidas que os judeus ucranianos sofreram antes e durante a Segunda Guerra. Como material de pesquisa ele só tem uma foto do seu avô numa plantação e o nome do antigo vilarejo de onde ele fugiu para os EUA, este último já uma alusão tão vaga que ninguém que eles encontram pelo caminho sabe dizer onde fica. 

Mas aí vem em grande estilo a tradição dos filmes de viajantes: a de que o seu guia turístico é uma pessoa peculiar. Os seus guias turísticos, para ser mais preciso. O guia turístico responsável por dirigir o carro - o avô que quer que todo mundo comece a tratá-lo como se cego fosse - e o guia turístico responsável pela tradução - o neto que se desculpa por não ter um inglês lá so much praemium.  E, e, e? Sim, claro, não poderia faltar o cachorro mentalmente irregular chamado Sammy Davis, Jr., Jr. 

Uma coisa que eu já percebi sobre as pessoas que aparecem escrevendo em filmes é que todas elas têm uma boa caligrafia. Nesse filme o que Alex escreve no papel é mostrado inclusive como se fosse o próprio título de cada capítulo. Esses títulos são dos capítulos do livro que ele está escrevendo, ele sendo o narrador do filme e a sua narrativa sendo também uma forma de carta ao cliente que virou seu amigo. O capítulo 1 é chamado An Overture to the Commencement of a Very Rigid Search. Podem imaginar ele dizendo isso com o sotaque idêntico ao daquele cara de Grand Theft Auto 4

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