sábado, 2 de maio de 2009

Rage Against The Machine



Junto com ter vontade de aprender a jogar futevôlei, o fato de eu gostar de Rage Against The Machine será um dos primeiros para os quais eu terei que dar alguma explicação satisfatória aos arcanjos que vierem me interrogar no dia do juízo final. O que eu poderia dizer a eles quanto a essas duas acusações tão graves e perturbadoras, talvez nem com toda a eternidade à minha disposição eu conseguiria encontrar uma desculpa minimamente razoável. Minha opinião sempre foi a de que deveria ser tratada sem misericórdia qualquer pessoa que, no juízo final, por qualquer motivo pudesse ser colocada na mesma sala que 99% dos membros dos diretórios acadêmicos da América Latina e Eri Johnson.  Mas o fato é que eu gosto da banda. Musicalmente ela representa o que de mais elaborado eu conheço na linha hardcoree politicamente ela representa uma visão de mundo em relação à qual eu consigo lá fazer vista grossa de vez em quando. Um boné que eu tinha com o nome da banda, aliás, era um dos meus favoritos. A camisa que eu tenho, pelo menos, não é uma das milhares com a cara do Che Guevara. 



O ponto delicado de se falar do RATM é o do interstício de alguns anos em que Zach de La Rocha brigou com a banda, quando então nasceu uma pequena monstruosidade chamada Audioslave. Normalmente eu ficaria feliz de saber que Chris Cornell se levantou da modorra em que ele estava depois do fim do Soundgarden, ainda mais se fosse para se juntar a músicos por quem eu já tinha uma admiração tão grande. Eu disse que normalmente eu ficaria feliz em receber uma notícia como aquela porque, desde o início, quando os rumores começaram a se materializar, alguma coisa imprecisa me fez desconfiar de que a nova banda não daria certo. Não sei analisar o fenômeno da minha desconfiança do ponto de vista técnico-musical. O que eu sei é que já no primeiro álbum, se eu não me engano, eu via os membros do Audioslave em vídeos com fogos de artifício e carros: sinal de que meus receios se confirmavam. 




Sim, podem acrescentar "fica mexendo as mãos como um rapper" ao conjunto das coisas que vocês sabem de mim. Put your hands up like this, yo

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