domingo, 17 de maio de 2009

Shi mian mai fu - Yimou Zhang

(Para ser lido com o post abaixo)

Talvez a ideia de um duelo triplo não seja assim tão absurda. Ou sequer minimamente notável para que eu esteja fazendo tanto alarde. Olhando para a capa dos filmes eu agora vejo que a sugestão de que a coisa poderia acontecer estava ali desde o início. 

O duelo triplo, dessa vez, tem mais da velha tradição de dois homens se baterem por uma mulher. No outro filme, aliás, nunca é demais lembrar que apesar do consenso tácito de que ninguém poderia sair disparando tiros enquanto os outros estivessem se posicionando corretamente, a verdade é que a honra de ninguém estava sendo decidida. Antes, decidia-se quem iria ficar rico. Os chineses, por outro lado, inovaram ao colocar como parte do duelo justamente a mulher a respeito de cujo amor se duelava. 

O cenário dos dois duelos são igulamente soberbos. No Velho Oeste eles encontraram uma colina gramada onde um cemitério tinha sido instalado. Uma área circular de lama ressecada ocupava o centro dessa colina. Ali os duelistas se colocaram, formando um triângulo. O outro duelo também foi numa colina. Só que em vez da lama ressecada e do sol e da poeira, uma espessa camada de neve e trovões e muito vento.

Agora, se o que eu aprendi com esses dois filmes valer alguma coisa em matéria de duelos triplos, a tendência que eu apontaria é a de que um duelo triplo só pode chegar a alguma conclusão satisfatória se um dos participantes não conseguir disparar o revólver ou se por algum motivo a adaga voadora não sair das suas mãos. Fora disso, o que resta é verdadeiramente um caos sobre o qual eu não quero pensar.  

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