sábado, 27 de dezembro de 2008

The Graduate - Mike Nichols


Também um presente que eu ganhei nesse natal, o que me faz lembrar daquele episódio de South Park em que as crianças, um pouco enojadas com toda a transformação que elas estão vendo acontecer com a forma de se celebrar o natal, tentam resgatar o seu verdadeiro espírito de consumismo desbragado e total oblívio da fraternidade. Infelizmente, eu estou me aproximando desse grau de cinismo para reconhecer que, se é que vamos ser cretinos incorrigíveis ao longo da nossa existência inteira, que pelo menos de vez em quando paremos por um segundo e entreguemos aos outros alguns presentes. Isso ajuda a economia. Estou brincando... acho eu.

The Graduate é um ótimo filme. Não foi por acaso que se tornou um clássico. Tenho alguma coisa, porém, a acrescentar a tudo o que já foi dito e falado sobre ele? Acho que não. Acho que esse blog seria menos obtuso se eu escrevesse sobre os clássicos apenas que eles estão aí para a gente ver e que, por obrigação moral, deveríamos assistir sempre que a ocasião se apresentasse (daqui). A trilha sonora, toda ela original (até o limite da minha ignorância), é bastante passável.

Me atrapalhou bastante assistir a esse filme o tempo todo pensando naquele filme com a Jennifer Aniston e com Kevin Costner, Rumor Has It. Digo, não me lembrar exatamente duma história e de como ela se baseia na outra, isso me atrapalhou bastante. Gastei a minha reduzida energia mental tentando entender dois filmes ao mesmo tempo, quando é bem sabido que entender um único filme de cada vez já não é algo que eu consiga fazer com grande facilidade. Ainda mais porque, logo no início, eu já tinha detectado um ato de, como direi?, intertextualidade -- Dustin Hoffman atravessando o aeroporto na esteira, exatamente como fez a Jackie Brown. Quer dizer, a partir desse momento, pensei, não preciso mais ficar prestando atenção no que o diretor está fazendo porque eu, muito esperto, já vi uma coisa dele que mais tarde foi imitada por outro diretor. Porca miséria.

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