domingo, 7 de dezembro de 2008

Swing Kids - Thomas Carter


Eu subestimo muitas coisas. O máximo que acontece comigo quando eu estou escutando It don't mean a thing if it ain't got that swing é alguém comentar que eu vou ficar surdo. E a noção que essas pessoas têm de um campo de trabalho forçado, para o qual, não tenho dúvidas, elas me mandariam se tivessem poder, é, no máximo, um barzinho com música brasileira ao vivo. Todas as coisas consideradas, portanto, estou no lucro.

Coisas que aparecem em Swing Kids que eu não sei fazer: (i) reger uma orquestra; (ii) dançar chutando os ares e rodando os braços e, ao mesmo tempo, estalando os dedos, tudo isso sem perder contato visual com a parceira e, ainda, sem trombar nas pessoas ao lado; (iii) descobrir qual disco está tocando, de uma coleção que deve ter mais de mil, e ainda informar todos os detalhes da gravação, se alguém tiver escolhido por sorte qualquer um deles, eu estando com uma venda nos meus olhos; (iv) sair vivo de uma briga com o Batman.

Não que o Robert Sean Leonard tenha feito todas essas coisas. Mas fez pelo menos a (ii) e a (iv), de resto as mais difíceis. Eu não sei, em todo caso, se eu comecei a gostar dele por causa desse filme ou se por causa do Sociedade dos Poetas Mortos -- sim, eu tenho a audácia, ainda a audácia, sempre a audácia de gostar do Sociedade dos Poetas Mortos.

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