domingo, 22 de fevereiro de 2009

American Splendor - Shari Springer Berman & Robert Pulcini


Eu não conheço nada de histórias em quadrinho para poder falar que fiquei emocionado ou decepcionado com a mera existência deste filme. Acho que teria sido massa, no entanto, se eu fosse um fanático de longa data pelas histórias de Harvey Pekar e me lembrasse das entrevistas vitriólicas que ele deu para o David Letterman. Mas apenas lembrar, eu disse que eu gostaria apenas de me lembrar dessas entrevistas. Por pura associação ao Jô Soares eu perdi a paciência com entrevistadores engraçadinhos e entrevistados metidos a besta, de modo que se a alternativa for assistir a uma coisa dessas na televisão, eu prefiro continuar com os meus solilóquios, os quais reproduzem exatamente aquele cenário, mas com a vantagem do silêncio. 

E por que eu não assisto a mais filmes com a Hope Davis? Ela sempre está bem no papel de esposa dedicada a homens desajustados (em About Schmidt ela se casa com aquele idiota que faz investimentos num esquema pirâmide); "a notorious reformer", como ela própria diz. E dança como se um choque elétrico estivesse percorrendo o seu corpo e a única forma de interrompê-lo fosse perder todo o controle sobre o movimento dos seus braços, mantendo a cabeça levemente imóvel, enquanto seu quadril vai se abaixando e levantando e indo de um lado para o outro. E é limitada politicamente, em matéria de comida, por uma série de desordens. E faz diagnósticos instantâneos de perturbações mentais. 

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