quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

The Office e 30 Rock

Uma atualização expressa saindo -- e, no caso de 3o Rock, ainda incompleta. 

The Office já está no quarto episódio desde o retorno da quinta temporada. Terminamos deixando o escritório inteiro sabendo que Dwight e Angela estavam tendo um caso. Todo mundo, exceto quem mais poderia se interessar pela notícia: o noivo Andy Bernard. O que se seguiu a essa revelação foi a previsível permanência do Andy num estado de deplorável vergonha. Tomado por um sentimento de comiseração, Michael chama o Andy para dar uma volta no estacionamento e de dentro do seu carro, enquanto saía para uma reunião, o colocou a par da situação. O tempo todo Dwight deu sinais de que se orgulhava especialmente de humilhar o Andy. Essa rivalidade dos dois já é antiga. Logo quando o pessoal de Stanford chegou na filial de Scranton, eu me lembro, eles tiveram uma discussão muito engraçada, cheia de ofensas estúpidas aos carros de cada um e cheias de acessos de tosse. Duas crianças. Dessa vez a coisa foi mais longe. A solução encontrada foi a de duelar. 

Nos arquivos deste blog existe um pequeno estudo sobre essa perdida arte de duelar, pequeno estudo ao qual eu gostaria de acrescentar algumas observações. O ponto essencial de um duelo, me parece, não está na forma como ele termina, mas no conjunto de regras estipuladas no momento do seu começo. Como Andy pretende aniquilar a oficiosa participação do Dwight na sua futura vida conjugal com a Angela? "Through the use of force", ele ameaça. "That is very general", Dwight replica impassível. Coube, então, ao Jim diligenciar para que a coisa não ficasse muito sanguilonenta. E não ficou. O final do duelo, Andy colocando Dwight numa posição difícil com muita engenhosidade, me fez pensar no Tristão guerreando gigantes para salvar a honra da Isolda e posteriormente entregando-a para ser desfrutada pelo Rei Marcos. Que ele vencesse as batalhas só com uma adagazinha encantada, essa era a mentira com a qual eu nunca consegui me identificar. 

***

O S05E12, pra mim, começou com a prank mais inverossímil que até hoje o Jim já fez com o Dwight. Ele amarrou um fio num poste da rua e, grudando tudo direitinho com silver tape, colocou a outra ponta no monitor do Dwight. Já deveria ter ficado claro, com um princípio desses, que o dia inteiro seria todo assim, de uma irrealidade total.  Michael e Dwight saem para praticar crimes de concorrência desleal contra uma pequena empresa cheia de clientes potenciais da Dunder Mifflin, o resto do funcionários literalmente abandonando suas funções para entrar num debate para saber se Hilary Swank is hot -- pelo visto, ninguém assistia a Barrados no Baile. 

***

A vez do Dwight se comportar da maneira até hoje a mais inverossímil. Ele falsifica um incêndio só para chamar a atenção dos seus colegas de trabalho para as regras de segurança. O alguém que chega a enfartar em meio à fumaça é Stanley. Jack Black aparece como convidado especial num filme que o Andy baixou da internet. Isso me faz lembrar que eu preciso assistir a algum filme novo do Adam Sandler já. Num característico surto de estupidez, Michael resolve fazer o The Michael Scott Roast, assim dando a todo mundo a chance de dizer com todas as palavras, inclusive ao microfone, tudo de detestável que para eles Michael Scott representa. Cheguei a ficar constrangido. Eu, Neto Torcato, fiquei constrangido pelo desprezo que todo mundo sente por ele, de modo que pelo poder a mim concedido eu o absolvo das suas falhas. Esse episódio, esqueci de comentar, tem 41 minutos no arquivo que eu baixei. Mais ou menos aos 37 minutos começa o que já se tornou a minha cena predileta da temporada, uma que consideraria como estando entre as melhores de toda a série. Aqui.

***

Liz Lemon dançando. Eu não tinha o prazer de ver isso desde a vez em que ela estava de pijamas em casa, se exibindo para o Floyd, talvez para indulgenciar a preferência que ele tinha por ser chamado não de simples advogado, mas de law stylistAtualização: eu estava falando da performance da Liz para o Dr. Spaceman no S03E08, quando ela se submete à condição de dançar para receber uma vacina contra um vírus que está se espalhando na equipe. Só dança, não chega a cantar e, principalmente, não chega a tirar nenhuma peça da sua indumentária. No S03E09, vejo agora, a coisa evolui para um ato complexo. Fazendo questão de se mostrar uma lunática, ela sobe no palco, desabotoa a camisa e começa a trautear o baixo de Everybody Dance Now: pêên!, pêên!, pôôn, pôôn, pêên! Melhor eu correr para assistir ao próximo episódio. 

Nenhum comentário:

 
Free counter and web stats