terça-feira, 20 de janeiro de 2009

The Rainmaker - Francis Ford Coppola



Só mesmo o fato de Danny DeVito não conseguir passar na BAR é menos previsível do que todo o resto do filme. O douto John Grisham vai me perdoar. Come on, um jovem e pobre estudante de direito avança na faculdade enquanto mantém trabalhos noturnos em bares; pega, ainda no escritório modelo, um caso contra uma companhia de seguros e, aliado ao rábula DeVito, faz a justiça do caso concreto, desmantelando um esquema de sistemático abuso da empresa contra a clientela de baixa renda? Tudo isso para no fim descobrir que ele na verdade não foi feito para o direito, e que o sensato mesmo é fugir com uma mulher que sofria espancamento de um jogador amador de beisebol. Leiam novamente a última frase com um ponto de interrogação no final. Então. Só duas prateleiras na minha locadora, eu deveria saber, podem ser utilizadas. Mas -- e vamos para o tradicional giro em que eu saio de um afirmação mais ou menos genérica sobre o filme para comentar, como se todo mundo também tivesse acabado de assistir, um cena bastante específica --, mas, eu ia dizendo, eu acho muito legal a pessoa sendo acordada abruptamente por uma causa detestável ou simplesmente fútil. Eu mesmo tenho experiência pessoal com isso. Matt Damon, pelo visto, também tem. Uma velhinha empurrando um carrinho de mão, arremessando da maneira menos discreta possível um monte de instrumentos metálicos de agricultura doméstica, e cantando You are my sunshine, my only sunshine -- eu respeito esse violento chamado para o mundo dos acordados como um dos piores já produzidos. Perto disso, alguém me acordando às sete da manhã de um sábado para me dizer que pegou umas meias emprestadas é pouca bobagem.

Nenhum comentário:

 
Free counter and web stats