sábado, 17 de janeiro de 2009

Who's that knocking at my door - Martin Scorsese


No dvd que eu aluguei o título aparece assim. O link para o imbd já aparece como I Call First, essa última uma proposta de escolha muito mais prática do que qualquer espécie de zerinho-ou-um. Quem disser primeiro, assim funciona o jogo, vence. Mas vejo, agora, que essa assunto está realmente me perseguindo. No filme há um momento em que uma decisão precisa ser tomada e nenhuma das cinco ou seis pessoas envolvidas está disposta a se sacrificar pelo bem comum. O problema é resolvido, então, por algo que me pareceu uma combinação de par-ou-ímpar com pedra-papel-tesoura. A cada rodada, pelo que eu entendi, uma pessoa vai sendo eliminada da roda, até ficar apenas uma, que é considerada a grande perdedora. Eu não entendi exatamente qual critério é utilizado para que os vencedores sejam selecionados. E já que outra oportunidade para esgotar esse assunto não me será dada, acho bom eu manifestar também a minha dúvida quanto à razão de o jogo se chamar zerinho-ou-um. Por que não simplesmente zero-ou-um? Sobre o filme, no entanto, o Scorsese não deixou de escolher duas ou três músicas muito apropriadas e tocá-las quase por inteiro em cenas que não vão a lugar algum e que não servem a qualquer propósito narrativo. A impressão que se tem é que elas servem apenas para passar o tempo. São muito boas. Numa delas os amigos não param de rir. O que é um ato de coragem, pois é muito difícil uma cena mostrando alguém rindo ser engraçada para quem está vendo. Acho que também na outra cena em que uma atenção maior é dada à trilha sonora a ação se resume a um conjunto de pessoas rindo sustentavelmente por alguns minutos. São italianos. Na outra vertente do filme mais ou menos inútil do ponto de vista narrativo, porém ideal do ponto de vista das coisas que poderiam acontecer na vida real, as pessoas ficam andando e conversando sobre filmes.

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