sábado, 31 de janeiro de 2009

The Witches of Eastwick - George Miller



Uma pessoa chamada John Updike poderia virar outra coisa que não uma escritor americano muito famoso do século XX? Eu acho que não. Pra mim ele já nasceu condenado a ter as pessoas se referindo a ele com uma espécie de entusiasmo auto-satisfeito. "John Updike, quem disse isso foi John Updike". A mesma coisa com Jack Nicholson. Eu não sei se realmente nomen est omen, nem consigo pensar no significado do nome desses dois que pudesse simbolizar alguma coisa de interessante. Considerando o que eu penso sobre J.N, no entanto, a minha sugestão seria a de que Nicholson é uma corruptela da expressão celta "aquele que sabe levantar as sobrancelhas macabramente". Seguindo por aí, este é um dos filmes que mais permitem J.N cumprir e exercer o papel que a natureza escolheu para ele. Até pelo contraste que ele representa, por exemplo, com a morfética Cher ou com a insípida Susan Sarandon. Acho que eu gostei bastante da mansão que ele adquire na cidadezinha de Eastwick, que mais parece um castelo inglês do que a sede de uma fazenda americana. Só para esclarecer, o personagem dele é um tipo de miasma diabólico que aparece na cidade numa bela manhã. Na noite anterior, três amigas insatisfeitas com a vida, um pouco bêbadas, fantasiaram sobre a chegada de um homem capaz de mudar suas vidas. Uma vez que o desejo delas sempre se realiza se elas estiverem mentalizando juntas -- ainda que elas próprias não tenham essa intenção, ou mesmo desconheçam esse poder --, um tal de Daryl Von Horne surge do nada para dar seguimento à história. Numa cena eles jogam uma partida de tênis com uma bolinha que não se submete às leis da física e o personagem de J.N aplica uma raquetada para o alto. Não é um lob, é uma raquetada para o alto. Ultimamente eu tenho pensado em raquetadas para o alto como uma forma de saque. Seria uma adaptação ao "jornada nas estrelas" inventada por aquele jogador brasileiro, só que tentando dar um spin na bola. Quando ela caísse ela poderia ir para qualquer direção, assim desarmando a defesa do adversário. Num dia de sol esse saque poderia ser especialmente eficaz. Seria ferir o elevado código de conduta que os jogadores de tênis normalmente obedecem em quadra? A se pensar.

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